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segunda-feira, 14 de março de 2011

MULHERES SOFREM COM DESIGUALDADES NA HORA DE SEREM CONTRATADAS POR EMPRESAS NO RN



Apesar de apresentarem maior grau de instrução as mulheres são menos absorvidas pelo mercado de trabalho e, quando empregadas, ganham menos, geralmente ocupadas em funções de nível mais baixo. A constatação é do Observatório do Trabalho no Rio Grande do Norte a partir de dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentados ontem durante o seminário "AsMulheres no Mercado de Trabalho do RN".Da mudança de perfil na sociedade, de 2001 a 2009, a proporção de famílias chefiadas por mulheres subiu cerca de 36%. Os números apresentados pela economista Maria Virgínia Ferreira Lopes, integrante do Observatório, mostram que 52,7% das mulheres pesquisadas tem ensino superior incompleto e 60,6% concluíram o ensino superior. Outro ponto que chamou a atenção foi a quantidade de mulheres no serviço público;58% dos funcionários públicos que atuam no RN são do sexo feminino.Apesar de mais de um terço das famílias do Rio Grande do Norte terem como chefe uma mulher, muitas ainda vivem na solidão e na pobreza. "Ainda temos outros dados que nos dão preocupação, como o fato de 60% das mulheres do Rio Grande do Norte não contribuírem com a Previdência", acrescentou Virgínia.De acordo com o secretário estadual do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), Luiz Eduardo Carneiro, o processo de discriminação da mulher no mercado de trabalho é histórico e precisa mudar. "O Brasil foi formado a partir de uma sociedade patriarcal e escravocrata. Já temos muitos avanços para a mulher, mas as mudançasnão acontecem num piscar de olhos".Virgínia Ferreira afirmou que a pesquisa mostra norteamentos e bases para que políticas públicas de inclusão e atenção sejam formuladas. "Nós estamos aqui juntos para lutar e formular políticas para combater as desigualdades", afirmou.A secretária adjunta da Saúde Pública (Sesap) Ana Tânia Sampaio ressaltou que o governo do estado está elaborando um uma política intersetorial de fortalecimento de políticas públicas voltadas para as mulheres, quedeverá ser lançado em maio. "São políticas de atenção à mulher, não de assistencialismo", frisou.QUALIFICAÇÃOPara o secretário Luiz Eduardo Carneiro, o crescimento das ofertas de emprego deve acontecer, mas com foco na qualidade dos postos de trabalho oferecidos. "Não sou pessimista, já houve avanços, mas isso é uma questão cultural. Há uma ideia de que o homem é mais rápido e a mulher mais lenta, isso não existe. Queremos fazer políticas públicas para as mulheres, mas não políticas assistencialistas. Queremostrabalhar a inclusão social produtiva", disse o secretário.Segundo Jonny Costa, Superintendente Regional do Ministério do Trabalho, subir os índices de emprego no Rio Grande do Norte é possível e deve ser feito principalmente através da qualificação profissional. "Há recursos disponíveis do Ministério do Trabalho e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), mas os governos estaduais emunicipais devem apresentar projetos para receberem esses recursos",explicou Jonny Costa.
Fonte: O Diário de Natal

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