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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

MAIS UMA BANQUETA DESABA E UM GARIMPEIRO MORRE EM EQUADOR


Edione Nóbrega

A falta de condições de trabalho nos garimpos de Equador, cidade do Rio Grande do Norte fez mais uma vítima fatal. O garimpeiro Jair Vilani dos Santos, 36 anos,
morreu na tarde de hoje, 09 de setembro, depois que parte de uma mina de extração de caulim, no sítio Jacu, desabou sobre ele.
De acordo com informações do Hospital de Equador, Jair foi atingido por volta das 15h15 na região abdominal e na perna. Ele foi socorrido por policiais militares e chegou à unidade de saúde ainda com vida, mas não resistiu e morreu minutos depois. O corpo será levado para perícia no Itep de Caicó.
Desde o início do ano essa foi a segunda morte ocorrida nos garimpos da cidade, mas de acordo com o presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Equador Clemente Alves de Sousa, o total de mortos nos últimos anos já passa dos 21. Segundo Clemente, a falta de condições de trabalho nos garimpos de Equador tem sido a principal causa de morte na cidade, onde mais de 1,2 mil - dos 5 mil habitantes - trabalham nos garimpos de extração de caulim.
Jair era casado e morava em Equador. Ele é o segundo minerador morto durante o trabalho, em menos de três meses. No dia 29 de junho, João Batista Pereira da Silva, de 29 anos, também foi vítima e morreu soterrado em um desabamento de uma banqueta.
O vereador José Dirceu dos Santos, também funcionário do hospital, afirmou que as minas de Equador são de propriedade particular, e a atividade de exploração é clandestina. "São os homens-tatu, que literalmente se esburacam nas jazidas sem a devida proteção, expondo-se a risco de morte", define Dirceu.
De acordo com o vereador, após a morte de João Batista, em junho, iniciou-se uma série de discussões sobre a atividade no município. "Já houve audiência do Ministério Público e já recebemos aqui representantes da Procuradoria, da Polícia Federal, do Idema e Ibama", disse. "Eles deram um prazo para que a atividade nas minas seja legalizada".

2 comentários:

  1. minha cara Edione não sei quem foi que lhe passou esta informação que o garimpeiro foi atingido por volta das 15h15m pois eu estava de plantão como técnico de enfermagem e por volta das 14hh30m um jovem chegou pedindo a ambulância que um jovem tinha se acidentado em uma banqueta eu de imediato pedir ao um rapaz que trabalha no hospital para se deslocar ao o local. quando o jovem Jair Vilani deu entrada no hospital era aproximadamente 15h30m sendo atendido pelo o medico de plantão os técnico de enfermagem de plantão e a parteira isto e só para esclarecimento do horário que o mesmo deu entrada no hospital agradeço a atenção.
    aqui minhas solidariedades a familia que neste momento precisa de tanta força.

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  2. É uma pena que pessoas sejam atingidas por fatalidades como esta para obter sua sobrevivência e de sua família. Mas, como em tantos trabalhos os ricos são inevitáveis e nossa região que é muito carente não pode fazer muito a não ser lamentar e pedir as autoridades meios de segurança, ou algo que possa ajudar a tantos pais de família e jovens a ter mais oportunidades, principalmente na educação.
    A maioria dos garimpeiros, não tem o segundo grau completo e assim fica difícil tentar um trabalho que não seja tirar o caulim, que ainda é a principal fonte de renda aqui de Equador.

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