Para minha mãe. Meu canto é teu, minha senhora.
Maria Bethânia, 2010.
Por Maria do Socorro Julião
Maria Bethânia, 2010.
Por Maria do Socorro Julião
Às 19 horas Bethânia estava passando o texto, ensaiando as marcações no palco, cantando umas músicas. Um fino pano preto separava a cantora dos primeiros fãs que já aguardava o show que começaria, pontualmente, às 22 horas. Cabelos enrolados, blusa branca, calça larga e pés numa sandália delicada. O relógio dourado no braço. Bethânia tão em casa, tão comum assim, eu jamais tinha visto. Claro, só queremos ver nosso ídolo no palco. Mas, não vou dizer que não estava confortável. Muita gente gritando, se enrolando nos seus desejos. Se você está com curiosidade para saber mais, continue...
De repente, uma chuva torrencial cai nas areias da praia. Mesmo com uma sobrinha na bolsa, corremos para a tenda de controle de som, para ficar ali, na lateral, quase nada o guarda-chuva cuidou; começamos a nos molhar. Lá se vai a chuva, voltamos para o nosso mirante. Lá estava a Diva, sentadinha, microfone, cabelo amarrado a lá dona Canô, perninhas cruzadas. Tão Bethânia que encantaria, encanteria a ronda de qualquer bonde do desejo.
O panorama da atriz ficou marcado. Agora, vamos preparar nosso ser para assistir a entrada inenarrável daquela que virá vestida com uma blusa branca, de corte simples e uma calça azul, de corte mais simples ainda.
Vida, minha vida...Muitas flores vermelhas, o palco completamente vermelho, todas as rosas para a maior do Brasil, e uma das maiores do mundo. Um grande e inesquecível momento. Entra Maria no palco, e o som em nós se faz e a emoção é a maior. Muita gente grita, muita gente silencia, cada uma pessoa, dentro da grande diversidade transforma as areias da praia em uma unidade. Começa o show, a Lua, instalada para surgir e sumir, a chuva preparada para vez por outra cair sobre as cabeças, na areia não cai chuva, a multidão recebe a água da chuva e assim está, assim se canta e se encanta com o bem, com a boa ação do momento. Quem não passou por essa emoção precisa encontrar essa fonte, essa mão do amor. Nada é mais importante do que esse momento. Pronta para cantar está Bethânia, num momento sagrado olha para o seu público. É o amor outra vez...
“Todas as cartas de amor são ridículas...Quando o carteiro chegou e o meu nome gritou, com a carta na mão...” Delírio geral, o poeta Fernando Pessoa se transforma em público, e todos se transformam na cantora, difícil para a artista continuar cantando, todos estão cantando com ela.
E Bethânia conversa, tenta passar um recado para todos... e falha um foco de luz no palco e ela diz: “sem luz não dá para cantar”... E o público viaja ao devaneio, ao delírio, ao prazer total. E o maestro, em uma horinha de descuido entra errado no tom da música e Bethânia diz: “Jaime, Jaime, ah! Jaime!”... E, como ficamos nós? Muitos aplausos! Errar com Bethânia é mais do que acertar. É uma experiência de relatividade extrema. Com ela, tudo se relativiza. E pronto. E Bethânia convida ao palco o poeta Chico César! “Dona do dom que Deus me deu...”, eles, juntinhos começam a cantar e falam de amor e de respeito e de poesia e de tudo.
No segundo momento do show, volta ao palco a Maria Bethânia com um estilo de roupa própria das suas escolhas. Blusa comprida por cima, uma camiseta por baixo e uma calça. Branca e bordada é a roupa estilizada por ela para o show Amor, Festa, Devoção. Uma roupa própria para ela, dela e para nós. “É o amor, canta Bethânia; “Do jeito que você me olha, vai dar namoro”, é tudo a cara da cantora, desde os tempos do rei Roberto Carlos; é a Bethânia romântica e cantando tudo que soa bem na sua voz, e, principalmente que faz muito bem para ela. Santa Bárbara! Feita na Bahia! E como se não bastasse começa a canção Reconvexo!!! Não identificado! O show deixou saudade, o show explodiu todos os corações... por fim, Saudade... ficou a saudade, ficou a imagem... restou a canção principal, a intermediária, a inicial, a final, as canções. A fala da cantora... os gestos da cantora... O que é o que é? No bis, o que todo mundo já sabe, é a vida, é bonita, é bonita e é bonita...
De repente, uma chuva torrencial cai nas areias da praia. Mesmo com uma sobrinha na bolsa, corremos para a tenda de controle de som, para ficar ali, na lateral, quase nada o guarda-chuva cuidou; começamos a nos molhar. Lá se vai a chuva, voltamos para o nosso mirante. Lá estava a Diva, sentadinha, microfone, cabelo amarrado a lá dona Canô, perninhas cruzadas. Tão Bethânia que encantaria, encanteria a ronda de qualquer bonde do desejo.
O panorama da atriz ficou marcado. Agora, vamos preparar nosso ser para assistir a entrada inenarrável daquela que virá vestida com uma blusa branca, de corte simples e uma calça azul, de corte mais simples ainda.
Vida, minha vida...Muitas flores vermelhas, o palco completamente vermelho, todas as rosas para a maior do Brasil, e uma das maiores do mundo. Um grande e inesquecível momento. Entra Maria no palco, e o som em nós se faz e a emoção é a maior. Muita gente grita, muita gente silencia, cada uma pessoa, dentro da grande diversidade transforma as areias da praia em uma unidade. Começa o show, a Lua, instalada para surgir e sumir, a chuva preparada para vez por outra cair sobre as cabeças, na areia não cai chuva, a multidão recebe a água da chuva e assim está, assim se canta e se encanta com o bem, com a boa ação do momento. Quem não passou por essa emoção precisa encontrar essa fonte, essa mão do amor. Nada é mais importante do que esse momento. Pronta para cantar está Bethânia, num momento sagrado olha para o seu público. É o amor outra vez...
“Todas as cartas de amor são ridículas...Quando o carteiro chegou e o meu nome gritou, com a carta na mão...” Delírio geral, o poeta Fernando Pessoa se transforma em público, e todos se transformam na cantora, difícil para a artista continuar cantando, todos estão cantando com ela.
E Bethânia conversa, tenta passar um recado para todos... e falha um foco de luz no palco e ela diz: “sem luz não dá para cantar”... E o público viaja ao devaneio, ao delírio, ao prazer total. E o maestro, em uma horinha de descuido entra errado no tom da música e Bethânia diz: “Jaime, Jaime, ah! Jaime!”... E, como ficamos nós? Muitos aplausos! Errar com Bethânia é mais do que acertar. É uma experiência de relatividade extrema. Com ela, tudo se relativiza. E pronto. E Bethânia convida ao palco o poeta Chico César! “Dona do dom que Deus me deu...”, eles, juntinhos começam a cantar e falam de amor e de respeito e de poesia e de tudo.
No segundo momento do show, volta ao palco a Maria Bethânia com um estilo de roupa própria das suas escolhas. Blusa comprida por cima, uma camiseta por baixo e uma calça. Branca e bordada é a roupa estilizada por ela para o show Amor, Festa, Devoção. Uma roupa própria para ela, dela e para nós. “É o amor, canta Bethânia; “Do jeito que você me olha, vai dar namoro”, é tudo a cara da cantora, desde os tempos do rei Roberto Carlos; é a Bethânia romântica e cantando tudo que soa bem na sua voz, e, principalmente que faz muito bem para ela. Santa Bárbara! Feita na Bahia! E como se não bastasse começa a canção Reconvexo!!! Não identificado! O show deixou saudade, o show explodiu todos os corações... por fim, Saudade... ficou a saudade, ficou a imagem... restou a canção principal, a intermediária, a inicial, a final, as canções. A fala da cantora... os gestos da cantora... O que é o que é? No bis, o que todo mundo já sabe, é a vida, é bonita, é bonita e é bonita...
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