A massa de renda da população negra brasileira atingiu, este ano, R$ 544 bilhões, segundo pesquisa do Data Popular. Desde 2007, a renda média per capita do negro cresceu 38% - o dobro da renda média do branco, que teve alta de 19% no mesmo período.
Segundo Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto de pesquisa, o crescimento é resultado do aumento da renda da população da base da pirâmide de renda do país: “tem mais negros nas classes C e D, que teve aumento maior de renda que nas classes A e B [no período analisado]”, afirmou ele ao G1.
O acesso dessa fatia da população aos bens de consumo também tem registrado alta. Em 2001, 63% tinham televisão. Este ano, o percentual alcançou 98%. A posse de geladeira também cresceu de 56% para 97% no mesmo período.
“O mercado que essa parcela da população representa é muito grande e não pode ser ignorado”, aponta o executivo. “É um mercado que merece ser tratado com todo respeito, não basta usar um garoto propaganda negro, é preciso entender as referencias culturais, a história. Se consolidou o fato de que não é possível mais ter preconceito no Brasil”, diz.
Apesar do crescimento da renda da população negra, a disparidade no país segue grande. Na classe A, apenas 17,6% são negros. Na classe C, essa fatia corresponde a 39, 3%, enquanto na E os negros compõem 70,7% do total.
“Em 10, 15 anos talvez você comece a ter uma situação mais próxima de igualdade, mas falta muito ainda”, diz Meirelles.
Do G1
Segundo Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto de pesquisa, o crescimento é resultado do aumento da renda da população da base da pirâmide de renda do país: “tem mais negros nas classes C e D, que teve aumento maior de renda que nas classes A e B [no período analisado]”, afirmou ele ao G1.
O acesso dessa fatia da população aos bens de consumo também tem registrado alta. Em 2001, 63% tinham televisão. Este ano, o percentual alcançou 98%. A posse de geladeira também cresceu de 56% para 97% no mesmo período.
“O mercado que essa parcela da população representa é muito grande e não pode ser ignorado”, aponta o executivo. “É um mercado que merece ser tratado com todo respeito, não basta usar um garoto propaganda negro, é preciso entender as referencias culturais, a história. Se consolidou o fato de que não é possível mais ter preconceito no Brasil”, diz.
Apesar do crescimento da renda da população negra, a disparidade no país segue grande. Na classe A, apenas 17,6% são negros. Na classe C, essa fatia corresponde a 39, 3%, enquanto na E os negros compõem 70,7% do total.
“Em 10, 15 anos talvez você comece a ter uma situação mais próxima de igualdade, mas falta muito ainda”, diz Meirelles.
Do G1