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domingo, 5 de julho de 2009

ALDENISE ALVES



Socorro Julião
É claro que eu não sabia quem era Ziza, nem se era com “S” ou “Z” que se escrevia. Mas assim estará constando nesse texto: ZIzA!!!! Para reforçar essa temática lembrem-se da nova ortografia, até dois mil e dez poderemos errar, escrever um e outro, badêjo ou badejo? Enfim, que grife é essa: Ziza!
Essa menina é uma cartela de cores. Com estilo abriu as portas da sua casa para pessoas vindas de longe, como Natal, Brasília e Campina Grande. Mesa posta e todas as iguarias necessárias lançadas à mesa. Ainda mais completa que sua delicadeza estava sua assessoria doméstica, todos diplomados em fashionistas por vocação. Lindos, lindas e prontos para conquistar mais um amigo.
Até a cozinha é uma caminhada de esperanças. Estávamos com fome, sim. E não é que Ziza entendeu! E obrigou-nos, de uma lançada de olhar, a seguir para a corte mais cobiçada daquele momento: mesa da cozinha! Nem olhei em volta, a primeira coisa que vi foi uma panela com uma gostosíssima galinha caipira. A mesa estava promissora, com identidade própria, fashion, enfim!
Muito dinâmica passava Ziza de vez em quando por nós. Dizem que ela é assim desde criança. Desenvolveu essa maneira de proporcionar bem-estar aos amigos e aos amigos dos amigos. Uma obra de arte essa mulher. Diariamente ela repete essa cena. Fiquei rascunhando à mão uma maneira de voltar à casa de Ziza. Pensei em colocar no papel esse desejo para, de maneira diferente, ser convidada, às vezes disfarço assim, coisas da imaginação.Quem sabe?
Dizem que Ziza é uma escola a serviço da comunidade. Com suas ações sociais e culturais transforma grupos e inspira outros agentes a promoverem projetos artísticos, sociais e culturais. E sabe que é disso que a comunidade de Equador precisa e merece? Quer dizer, ela é uma dimensão universal em seu modo de viver e ver a vida do outro, afinal, trata-se de uma educadora. Ziza é um conceito e garante uma estampa de relevo em sua vida profissional.
Não fui apresentada a Ziza, formalmente, quero dizer. Aquelas apresentações em que se diz: “muito prazer, Ziza”; “prazer é todo meu, Socorro”. Em alguns momentos pensei que ia acontecer essa formalidade. Ziza se dirigia mim, eu olhava para Ziza, mas nada. Nem Fátima Balduíno, nem Edione Nóbrega tiveram essa delicadez social. Ou, talvez, para aliviar a barra delas, vou pensar em que, naquela noite de sonhos de São João e aniversário de Fatinha, elas deixaram de se preocupar com essas mínimas formalidades sociais. Mas ficou a falha muito sentida, porque eu queria ter elogiado Ziza ao vivo. O tradicional é muito importante, capítulo à parte, é pelo amor que vai-se ao mundo, e Equador é a cidade que deságua essas experiências únicas.