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domingo, 27 de setembro de 2009

SEU MA QUEM?



Alírio Balduíno! Ti Liro, Seu Alírio, Liro, Seu Liro...Ele tinha um sabor colorido. Simpatia nacional e estrangeira. Nunca partia, estava sempre presente, mesmo quando estava ausente, lá pelo sertão da Bahia, onde, por lá, também tornava o ambiente de puríssima alegria. Louvava os amigos em todos os tempos. Liro era brilho só! E não quebrava a rima, nem quando estava pensativo.

Nas manhãs de domingo ornava as principais ruas de Equador. Era o lugar em que gostava de se fazer presente. Toda a comunidade sabia que Seu Alírio estava na cidade. Sua cidade, seu contentamento maior. Com seu riso atraente de sempre, adentrava em todos os comércios da cidade amável, a inesquecível Equador, de Seu Liro, e, apenas para cumprimentar o amigo; muitos amigos! Seu Alírio viajava para passar o dia, durante uma hora e trinta minutos. Cabelos molhados e bem penteados, todos os fios para trás; cada fio mais fino que o outro. Lá saía Seu Liro para a cidade garantida, bela vida... De vez em quando uns fiozinhos começavam a insistir em correr por sua testa, era que a brisa da cidade e o calor, logo secavam seus cabelos e...

Seu Liro era muito rigoroso em sua ideologia. Acreditava nas mensagens dos violeiros, nas canções de Luís Gonzaga, nas verdades divinas. Deus era tudo para ele. Seu rosto se iluminava quando dizia as verdades sobre o Ser Maior, o Divino. Deus Todo Poderoso.

Veja você, Liro acreditava na beleza. Para ele, quem achava a apresentadora Xuxa feia, era porque sentia inveja dela. E, até hoje me lembro de que, dizia ele, numa fotografia não tem história de uma pessoa parecer mais feia ou mais bonita; ou você é feio ou bonito e a foto retrata você, é como o espelho. Essa era a sua fala. Seu Alirio era uma pessoa melodia e todos sentiam harmonia que vinha dele. Ele era sobretudo um começo, um desabrochar, um gostar de gostar, uma manhã ensolarada, uma vida cheia de rosas, de sol, de vida, de sertão. Era o sonho maior dos seu filho, das suas filhas, de sua eterna companheira, dos amigos, das amigas dos seus filhos, dos irmãos, das irmãs, dos sobrinhos, das sobrinhas, da sua mãe...

Ti Liro era o triunfo, a vitória e em tudo sua imagem está ligada aos conselhos de uma vida digna e regrada, sem ser sentimentalista. As possibilidades do humano são muitas. Seu Alírio falava sobre todas as flores que a vida oferece e como colhê-las, sem prejuízos imensos.

E ele se tornou eterno quando se transformou em luz. Num certo dia de janeiro, vindo da sua cidade jardim, da sua amada Equador, eis que, o seu carro sai da via. E...dias depois Liro se transforma em jardim lá no céu do Seu Deus tão amado e acreditado. Sua vida, uma saga. Sua partida, uma tristeza. Hoje, graças ao tempo, senhor de todas as dores, sua vida está sendo cantada pelo inteiro que foi o homem-pai-amigo-esposo-filho-trabalhador,...E a saudade é mais uma poesia para Liro! Seu Ma quem?...

FELIZ ANIVERSÁRIO, PAINHA!!!!! EDIONE DE OLIVEIRA NÓBREGA

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. eDione, que lindo! É muito bom rememorar e você o fez com maestria. Agora já sabemos que essa mistura (painha e mainha)é de onde vem essas meninas maravilhosas que encantam a Serra da Borborema e o DF. Parabéns! Beijo! LU Berbi

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  3. Linda homenagem, só o amor mantém eterno aqueles que nos deram a vida.

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  4. Painha precisaria de muitos ontem com voçê,para viver o hoje sem voçê.

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