A ética do jornalista, é a mesma do marceneiro. Não existe uma ética específica para o jornalismo e outra para a vida pessoal. Se aceitarmos baixarias em nossa vida pessoal, teremos atitudes baixas quando praticarmos jornalismo, porém se gostamos das coisas corretas, se não admitimos passar por cima de tudo e de todos, estaremos sujeitos a ter uma carreira séria e com a ética necessária para sermos respeitados por todos.
Precisamos ter muito cuidado quando formos expor uma denúncia ou um fato. Podemos citar como exemplo desastroso, o caso da Escola de Base (ocorrido na década de 80), em que seus proprietários e professores foram acusados por alunos de abuso sexual. Um delegado muito afoito por aparecer, soltou a notícia sem antes investigar para apurar a veracidade dos fatos e, no final da história, eram todos inocentes. O suposto abuso, não passara de invencionice da imaginação fértil de alguns alunos. Provar a inocência das pessoas, de nada adiantou; suas vidas já estavam destruídas, seus sonhos viraram pesadelos.
Por isso, quando formos publicar uma notícia, precisamos checar, de preferência, várias vezes e com fontes diferentes, para não cometermos erros primários.
É melhor retardar a publicação de uma notícia, que causar mal estar ou, até mesmo alguma conseqüência mais drástica.
O poder da mídia é incomensurável, e com o poder, temos sempre que tomar cuidado. Quando mal exercido e em conjunto com atitudes inconseqüentes, podem fazer muito mal para toda a sociedade. Nossa profissão exige muita ética e isso só conseguiremos quando tivermos plena consciência de nossa cidadania. É necessário muito preparo para exercer o poder, pois, às vezes nos leva às alturas ou nos joga nas areias movediças dos erros, que se caímos, nunca mais conseguimos sair.
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